Regressei
definitivamente para o meu sofá em L da capital com a sensação de saudosismo
italiano bastante dormente e estagnada naquele bocado de vida onde fui muito
feliz, devido a um quase ritual de festim caseiro devidamente efectuado pelos
bons amigos que possuo e que me proporcionam uma sensação de amizade sincera bastante agradável que
estou a gostar de rever. Regresso á vida rotineira - porém não
tão rotineira quanto isso, que eu não deixo - onde tenho coisas para fazer e
estudar e planear e metro para apanhar e contas para pagar, esperando que as
sete pessoas que dormem neste preciso momento no meu estimado quarto
andar acordem e retomem as suas vidas enquanto eu vou reabituando o meu corpo a
estes dias lisboetas já necessários para o meu equilíbrio mental e com pouca
esperança de ter um pingo de inspiração barata para escrever algumas palavras
neste pedaço de golfada virtual que convosco partilho. Assim sendo deduzo que o
ponto alto do meu dia vá ser a ida a uma aula de Comunicação Radiofónica e a arrumação da
confusão feita por onze pessoas em fúria durante a noite de ontem, agradecendo
desde já o facto dos meus maravilhosos vizinhos não abrirem a goela para se
queixarem sobre música alta, saltos sobre o tecto e gargalhadas até tarde. Volto desta forma a afundar-me na almofada para dormir mais duas horas
esperando que as imposições eminentes da minha bexiga enfurecida não voltem a
interromper o meu sono necessário para limpezas e aulas futuras ao longo do dia
que se avizinha.