04.02.2014

Regressei definitivamente para o meu sofá em L da capital com a sensação de saudosismo italiano bastante dormente e estagnada naquele bocado de vida onde fui muito feliz, devido a um quase ritual de festim caseiro devidamente efectuado pelos bons amigos que possuo e que me proporcionam uma sensação de amizade sincera bastante agradável que estou a gostar de rever. Regresso á vida rotineira - porém não tão rotineira quanto isso, que eu não deixo - onde tenho coisas para fazer e estudar e planear e metro para apanhar e contas para pagar, esperando que as sete pessoas que dormem neste preciso momento no meu estimado quarto andar acordem e retomem as suas vidas enquanto eu vou reabituando o meu corpo a estes dias lisboetas já necessários para o meu equilíbrio mental e com pouca esperança de ter um pingo de inspiração barata para escrever algumas palavras neste pedaço de golfada virtual que convosco partilho. Assim sendo deduzo que o ponto alto do meu dia vá ser a ida a uma aula de Comunicação Radiofónica e a arrumação da confusão feita por onze pessoas em fúria durante a noite de ontem, agradecendo desde já o facto dos meus maravilhosos vizinhos não abrirem a goela para se queixarem sobre música alta, saltos sobre o tecto e gargalhadas até tarde. Volto desta forma a afundar-me na almofada para dormir mais duas horas esperando que as imposições eminentes da minha bexiga enfurecida não voltem a interromper o meu sono necessário para limpezas e aulas futuras ao longo do dia que se avizinha.